A um ano da eleição presidencial de 2018, alguns corredores já estão
nas marcas para a partida. Outros ainda experimentam seus pares de
tênis, checam a aderência e o amortecimento do solado, calejados pela
biomecânica da política nacional. A movimentação dentro dos partidos é
intensa para definir quais serão os nomes dessa disputa, mas o
calendário eleitoral – em abril termina o prazo para se filiar a um
partido, em julho começam as convenções e em agosto é a vez da
propaganda eleitoral – e o cenário político instável ainda recomendam
cautela.
O ministro Henrique Meirelles é e não é presidenciável. Veja publicou
uma entrevista em que ele admite “pela primeira vez” que é, mas, assim
que começaram as repercussões, sua assessoria insinuou que a revista
tirou a frase do contexto. “O ministro da Fazenda não afirmou que é
presidenciável. Ao ser perguntado se ele tinha consciência de que era um
presidenciável, o ministro disse que sim porque muitas pessoas o
procuram e dizem que o apoiam ou que consideram que ele poderia
concorrer”, diz nota, igualmente dúbia.
Por outro lado quem fez questão de garantir que não é candidato,
ainda que não lhe tivesse sido perguntado, foi o ex-procurador-geral da
República, Rodrigo Janot, perdendo o bronzeado longe dos holofotes e
curtindo seu tenso ostracismo.
“Este é o meu perfil oficial. Antes que perguntem, já respondo: não
sou candidato a nenhum cargo eletivo. Sigo com a agenda anticorrupção”,
escreveu no Twitter – por sinal, estreando nesta rede social. Foi
enxovalhado por comentários depreciativos. “O sr. não teria meu voto nem
pra inspetor de quarteirão”, debochou um dos twitteiros.
Nenhum comentário:
Postar um comentário