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domingo, 5 de novembro de 2017

Presidenciáveis com medo de queimar a largada



A um ano da eleição presidencial de 2018, alguns corredores já estão nas marcas para a partida. Outros ainda experimentam seus pares de tênis, checam a aderência e o amortecimento do solado, calejados pela biomecânica da política nacional. A movimentação dentro dos partidos é intensa para definir quais serão os nomes dessa disputa, mas o calendário eleitoral – em abril termina o prazo para se filiar a um partido, em julho começam as convenções e em agosto é a vez da propaganda eleitoral – e o cenário político instável ainda recomendam cautela.

O ministro Henrique Meirelles é e não é presidenciável. Veja publicou uma entrevista em que ele admite “pela primeira vez” que é, mas, assim que começaram as repercussões, sua assessoria insinuou que a revista tirou a frase do contexto. “O ministro da Fazenda não afirmou que é presidenciável. Ao ser perguntado se ele tinha consciência de que era um presidenciável, o ministro disse que sim porque muitas pessoas o procuram e dizem que o apoiam ou que consideram que ele poderia concorrer”, diz nota, igualmente dúbia.

Por outro lado quem fez questão de garantir que não é candidato, ainda que não lhe tivesse sido perguntado, foi o ex-procurador-geral da República, Rodrigo Janot, perdendo o bronzeado longe dos holofotes e curtindo seu tenso ostracismo.

“Este é o meu perfil oficial. Antes que perguntem, já respondo: não sou candidato a nenhum cargo eletivo. Sigo com a agenda anticorrupção”, escreveu no Twitter – por sinal, estreando nesta rede social. Foi enxovalhado por comentários depreciativos. “O sr. não teria meu voto nem pra inspetor de quarteirão”, debochou um dos twitteiros.

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