Quando fechou a venda da distribuidora de combustíveis Alesat para a concorrente Ipiranga, por 2,17 bilhões de reais, em junho de 2016, o empresário Marcelo Alecrim
começou a fazer planos para uma vida nova. Imaginou que em seis meses
tudo estaria aprovado e, depois de passar mais um ano como consultor no
grupo, estaria livre para tirar um sabático, montar uma nova empresa ou
escrever um livro com a história de sua vida.
Os 14 meses que se
seguiram, no entanto, foram de apreensão tanto para Alecrim quanto para
seus mais de 1 200 funcionários. Nesse período, foi ficando latente uma
postura mais dura do Conselho Administrativo de Defesa Econômica (Cade),
que bloqueou uma fusão importante e poderia vetar também a venda da
Alesat. Enquanto esperava pela decisão do Cade, a empresa viu seu
negócio se deteriorar. A participação de mercado caiu de 4% para 2,9%.
O
faturamento recuou de 12,42 bilhões de reais, em 2016, para 11,19
bilhões, em 2017. Quando o Cade de fato vetou o negócio em agosto do ano
passado, Alecrim e seus sócios, os fundos Darby e Asamar, deixaram de
ganhar um dinheirão: cerca de 694 milhões, 396 milhões e 1,08 bilhão de
reais, respectivamente. E viram-se forçados a correr atrás do tempo
perdido.
“Estávamos com o freio de mão puxado e de repente tivemos de
acelerar para colocar o plano B em ação”, afirma Alecrim.
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