A Alesat,
distribuidora de combustíveis dona da rede de postos Ale, está em
negociação para vender sua operação para o grupo holandês Vitol, de
acordo com três fontes ouvidas pelo Valor. A negociação envolve a
participação total dos acionistas – o fundo Darby, o grupo mineiro
Asamar e o empresário Marcelo Alecrim. O grupo francês
Total também discute com a Alesat uma possível aquisição, que teria
ainda um terceiro interessado, uma trading americana de commodities. As
conversas com a Vitol, no entanto, são as mais avançadas e o grupo deve
pedir exclusividade nesta semana.
A operação é assessorada pelos bancos
Safra, Itaú BBA e BNP Paribas.
O Valor apurou que o preço em discussão é menor do que o oferecido
pela Ipiranga, em 2016. Em junho daquele ano, a distribuidora do grupo
Ultra ofereceu R$ 2,17 bilhões. Mas em agosto de 2017 o Conselho
Administrativo de Defesa Econômica (Cade) barrou a operação, apontando
risco de concentração em 11 Estados e no Distrito Federal. Para os
atuais interessados, a transação traz menos ganhos de sinergia, o que
explica um ajuste de quase R$ 400 milhões no atual valor em discussão, o
que dá algo entre R$ 1,7 bilhão e R$ 1,8 bilhão.
A Ale é a quarta maior
distribuidora de combustíveis do país, com faturamento de R$ 12,5
bilhões.
Executivos com conhecimento do assunto afirmam que a Vitol discute ainda, na precificação do negócio, o tamanho do risco de um passivo por formação de cartel em Minas Gerais.
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