A ausência de um limite para o autofinanciamento de campanhas
eleitorais, aliada à proibição das doações empresariais, aumentou a
influência de políticos ricos na definição das candidaturas
majoritárias. Pelas regras atuais, todas as despesas, desde que não
ultrapassem o teto definido para o cargo pleiteado, poderão ser pagas
pelo próprio candidato.
Com os partidos obrigados a fazer conta para custear campanhas –
ontem o Estado revelou que as legendas querem aumentar o fundo eleitoral
–, dirigentes admitem que políticos com maior patrimônio pessoal
tornaram-se ativos eleitorais. Em alguns casos, a capacidade de se
autofinanciar virou condição decisiva para a montagem dos palanques
regionais.
Ao menos três pré-candidatos têm fortunas superiores a R$ 100 milhões, como o prefeito de São Paulo, João Doria (PSDB), o ministro da Fazenda, Henrique Meirelles (PSD), e o empresário Flavio Rocha, dono da Riachuelo, que na semana passada confirmou a intenção de se candidatar à Presidência.
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