A Petrobras arruinou-se no mandarinato petista por diversos motivos.
Deles, o mais pueril foi a retórica da arrogância. Infelizmente, dela e
do governo têm partido declarações destinadas a iludir a boa-fé do
público fingindo desconhecer a barafunda criada pela política de preços
dos combustíveis. Podiam ficar só nisso.
A retórica da arrogância foi exercitada à exaustão pelos
petrocomissários. Basta que se recapitule um caso. Em 2012, um
funcionário da companhia holandesa SBM denunciou suas maracutaias
internacionais. Elas foram confirmadas por uma investigação interna que
resultou numa indenização milionária ao governo holandês.
Sabia-se, pela denúncia, que a SBM teria distribuído pelo menos US$
139 milhões a intermediários e hierarcas da estatal brasileira para
azeitar contratos de aluguel de plataformas.
Dois anos depois, uma equipe da Petrobras foi à Holanda verificar o
caso e anunciou-se que nada acontecera de anormal. Engano, pois a SBM
começaria a negociar um acordo de leniência com a Controladoria Geral da
União. Até hoje ele não foi concluído.
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