A escolha de Ivan Monteiro para
comandar a Petrobras indica que o governo tem percepção de que precisa
manter na estatal um nome com apoio do mercado financeiro. Monteiro
esteve à frente de ajuste das finanças da companhia após a crise gerada
pelo esquema de corrupção investigado pela Operação Lava Jato.
A Folha apurou que a indicação foi bem recebida na
estatal, por ser sinal de continuidade das políticas em curso. Pelo
mesmo motivo, foi criticada por sindicatos que pediam a cabeça de Pedro
Parente.
Monteiro foi levado à Petrobras ainda na gestão Dilma Rousseff por
Aldemir Bendine, ex-presidente da estatal e do Banco do Brasil condenado
em janeiro pelo juiz Sergio Moro por corrupção.
Engenheiro eletrônico, ele fez carreira no Banco do Brasil, onde se
tornou o braço direito de Bendine. Na Petrobras, chegou a ser apontado
internamento como o principal gestor da companhia, enquanto seu chefe
era criticado por passar poucos dias da semana na sede da empresa.
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