Alguns nomes aparecem como novidade na corrida para o Senado no Rio Grande do Norte.
Quem tem pouca experiência política pode até se confundir com o
cenário, mas é preciso ter muita calma nesta hora e lembrar que a
campanha só está começando. Considerando todos os aspectos de uma
campanha eleitoral, que não é lugar para amador, o que seria realmente
um “candidato novo”?
Se pararmos para pensar bem, o deputado federal Antônio Jácome
(Podemos) é, de fato, a grande surpresa desta disputa. Não chegou agora
na política, é verdade, mas ninguém esperava sua candidatura ao Senado.
Quem pensa que é só coragem a decisão de Jácome de deixar uma
campanha ganha para assumir nova empreitada, também erra. Esta é, na
verdade, uma grande decisão política baseada em fatores muito bem
planejados.
Primeiro, Jácome se destacou no cenário nacional, como um dos poucos
políticos potiguares a dizer não às reformas Trabalhista e da
Previdência. Tomou esses caminhos ouvindo o povo, mas também por
conhecer as propostas e perceber que elas não trariam benefícios para a
sociedade. Exemplo disso é que depois da reforma trabalhista, que
prometia mais empregos, mais de 300 mil caíram na informalidade. Ou,
seja, discurso não faltará para o candidato.
Outro ponto importante é que Jácome tem uma base consolidada e fiel.
Reúne-se em torno de sua pessoa o interesse da maioria do povo
evangélico do Estado que tem nele um importante aliado para suas causas.
No Brasil, evangélico tende a votar em evangélico e vale lembrar que
Jácome, além de médico e político, é teólogo.
Por fim, mas necessário comentar, são os apoios recebidos para esta
candidatura. Primeiro do senador José Agripino (DEM), Jácome faz
dobradinha com o senador Garibaldi Filho (MDB) e tem apoio do candidato
ao governo Carlos Eduardo Alves (PDT), da prefeita de Mossoró, Rosalba
Ciarlini (PP), de mais de 70 prefeitos do Estado e diversos vereadores.
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