Oposição culpa cortes de orçamento por incêndio na instituição
RIO — Enquanto o prédio do Museu Nacional ainda ardia em chamas,
políticos e candidatos utilizaram a tragédia para fazer ataques ao
governo, ao teto de gastos e ao impeachment de Dilma Rousseff e até para
pedir votos. A iniciativa, em maior parte protagonizada por políticos
de esquerda, teve forte reação contrária nas redes sociais.
Manuela
D'Ávila (PCdoB), que retirou a candidatura à Presidência para se unir à
chapa do PT, ressaltou que o incêndio foi "crônica de uma morte
anunciada".
"O regime do golpe, que corta verbas da educação, da saúde,
da cultura, pra garantir os interesses dos bancos precisa acabar (...)
No prédio que pega fogo nesse momento foi assinada a independência do
país. É simbólico do momento em que vivemos. A elite que quer fazer o
país voltar a ser colônia impôs uma política de corte de investimentos
que destruiu o Museu e vai destruir a nação", ressaltou a política no
Twitter.
o candidato ao Senado Lindbergh Farias (PT) destacou que o orçamento do Museu fora "drasticamente reduzido" pelo presidente. Na verdade, as verbas sofrem cortes ao menos desde 2014, no governo de Dilma Rousseff (PT). O teto de gastos agravou o problema, segundo ele. "É simplesmente criminoso o descaso", destacou o petista, que acabou criticado por não reconhecer problemas na gestão do patrimônio histórico durante o governo do PT.
a instituição deveria receber R$ 515 mil anuais da UFRJ, à qual é vinculada, em três parcelas. No entanto, nos últimos três anos, segundo a direção do museu, eram destinados apenas R$ 300 mil, com cortes de verba na própria universidade. O ministro da Cultura, Sérgio Sá Leitão, reconheceu falhas na política de conservação de bens culturais.
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