Mesmo em tempos de rejeição e descrédito, partidos políticos
ampliaram a receita com doações destinadas a patrocinar suas atividades.
Somente no ano passado, grandes empresários e outros doadores deram R$ 106 milhões
para as 35 siglas registradas no País, uma quantia 19% superior aos R$
89 milhões recebidos em 2017. O dinheiro não foi destinado diretamente a
campanhas eleitorais, mas, sim, ao caixa das legendas – que receberam,
ainda, R$ 889 milhões do Fundo Partidário. Na lista dos “mecenas” estão
famílias que controlam grandes grupos empresariais.
A prática é permitida por lei e não resulta em deduções para o
doador. Em princípio, não há limites para contribuições de pessoa
física, mas os partidos só podem transferir para campanhas o equivalente
a 10% dos rendimentos brutos de cada doador.
Flávio Rocha, da Riachuelo, também doou R$ 1 milhão
no ano passado. A verba foi dividida: R$ 570 mil ao Podemos e R$ 430 mil
ao Republicanos. Um dos líderes do grupo de empresários Brasil 200,
Rocha afirmou que a recompensa dos partidos aos doadores é promover uma
“renovação política”. No ano passado, ele chegou a lançar a
pré-candidatura pelo PRB, atual Republicanos, mas desistiu de concorrer
ao Planalto. “Devemos participar do processo eleitoral, fortalecer os
partidos e a democracia”, disse.
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