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segunda-feira, 4 de novembro de 2019


Os jovens brasileiros ainda têm à frente uma grande barreira de entrada no mercado de trabalho, mas que vem diminuindo nos últimos meses com a lenta recuperação da oferta de empregos nos últimos 12 meses.
Levantamento do GLOBO com base nos microdados do Cadastro Geral de Empregados e Desempregados (Caged) aponta que a melhora do emprego formal tem sido puxada por trabalhadores com até 24 anos. Entre outubro de 2018 e setembro deste ano, cerca de 1,1 milhão de jovens foram contratados com carteira assinada em todo o país.
Os números mostram que o segmento que mais sofreu com a crise, com taxa de desemprego superior a 28,1% em 2017, segundo a Pnad Contínua, do IBGE, é agora o primeiro a recuperar espaço no mercado de trabalho. O saldo de novos empregos formais só é positivo entre os trabalhadores até 29 anos.
Acima dos 30 anos, a perda de vagas continua, ainda que em menor intensidade, levando ao fechamento de mais de 613 mil vagas de outubro de 2018 a setembro deste ano. O fluxo divergente nas duas pontas resulta no saldo positivo de 478 mil vagas em 12 meses.
A melhoria, no entanto, é restrita aos trabalhadores mais qualificados, com ensino médio e superior completo. Profissionais menos escolarizados, mesmo os mais jovens, ainda enfrentam dificuldades em entrar no mercado formal. A falta de experiência é um empecilho para boa parte dos 4 milhões de jovens desempregados. Tanto que o governo deve apresentar esta semana um pacote de medidas para estimular a geração de empregos nesse segmento, oferecendo benefícios fiscais para as empresas.

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