A retração de 1,5% do Produto Interno Bruto (PIB) do Brasil no
primeiro trimestre de 2020, na comparação com os três meses anteriores,
prenuncia resultado que deve ser ainda mais negativo no estado do Ceará,
de acordo com análise do presidente do Conselho Regional de Economia
(Corecon-CE), Ricardo Coimbra.
“Pelos dados já anunciados da queda de
arrecadação do ICMS, algo em torno de 30%, significa dizer que vamos ter
um baque no PIB do Ceará”, prevê.
Isso se dá, segundo o especialista, pela característica da composição
da economia cearense – mais dependente do comércio, que foi
profundamente impactado pelas medidas para conter o avanço da pandemia.
“Aproximadamente 75% do PIB do Estado é composto de comércio e serviço.
Então, se você teve uma queda considerável no ICMS, esperamos uma queda
significativa também no PIB”, explica Ricardo Coimbra
A retomada, ainda que gradual da atividade econômica do Estado, a
partir de segunda-feira (1), pode ajudar a refrear o aumento dessas
perdas.
Segundo Coimbra, junho deve ser visto como um mês de transição
nas contas públicas.
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