No final da manhã desta segunda-feira (1º), o Governo do Estado da Bahia apresentou a jornalistas, por meio de coletiva de imprensa virtual, o detalhamento da Operação Ragnarok.
Deflagrada nas primeiras horas do dia, a ação coordenada pela
Secretaria de Segurança Pública da Bahia (SSP-BA) cumpriu 15 mandados de
busca e apreensão em São Paulo, Brasília, Rio de Janeiro e Salvador, e 3
mandados de prisão, sendo 2 no Distrito Federal e 1 no Rio de Janeiro.
O grupo criminoso utilizou uma empresa com sede em São Paulo para
negociar com o Consórcio Nordeste a venda de 300 respiradores no valor
aproximado de R$ 48 milhões. A empresa se passou por revendedora de uma
fabricante chinesa para realizar a venda ilegal e foi denunciada pelo
consórcio, que havia feito o pagamento antecipado por meio de contrato
assinado em 8 de abril. A antecipação do pagamento visava garantir a
efetivação da compra dos equipamentos, que seriam utilizados no
enfrentamento da pandemia do novo coronavírus na região.
O Consórcio fez diversas tentativas para reaver o dinheiro e recebeu
diversas promessas e novos prazos de entrega, que nunca foram cumpridos.
As investigações apontam que as mesmas pessoas tentaram aplicar o golpe
em entidades de diversos setores no país.
A operação, coordenada pela Secretaria de Segurança Pública da Bahia
(SSP-BA) através da Superintendência de Inteligência, contou com a
participação da Polícia Civil da Bahia, através da Coordenação de Crimes
Econômicos e Contra Administração Pública, da Polícia Civil de SP, do
Distrito Federal e do Ministério Público da Bahia. Mais de 150 contas
bancárias vinculadas ao grupo já foram bloqueadas pela Justiça, a fim de
garantir a restituição do montante empregado.
O secretário de Segurança da Bahia, Maurício Barbosa detalhou como
tudo aconteceu.
“Chegou ao nosso conhecimento, cerca de 20 dias atrás, a
suspeita muito forte de que a contratação feita não se tratava de um
descumprimento contratual, mas de uma fraude. Além de não entregar o
produto, vinha evitando a devolução do recurso. Então, instauramos
inquérito na Polícia Civil e constatamos que o contrato fechado com a
empresa chinesa era falsificado. A empresa que a contratada alegava ser a
fabricante chinesa de respiradores era, na verdade, uma empresa da
construção civil, de acordo com a embaixada do país asiático”, narrou.
Fraude
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