Pioneira no Brasil na utilização da ultrassonografia como método de diagnóstico, a médica Lucy Kerr defende o uso da Ivermectina no combate à Covid-19 como profilaxia. Ela cita pesquisa realizada na Austrália e o que vem sendo observado na África, onde, nos países em que o medicamento é utilizado em larga escala, não houve registro significativo do avanço da doença na forma grave.
O motivo do uso da Ivermectina para evitar a Covid-19 é que a droga também age como antiviral, sendo utilizada em vários tipos de viroses severas, inclusive nos casos de Chikungunya, como cita a especialista. Ela chama a atenção para dois pontos: que seja utilizada de forma preventiva (profilática) e que as pessoas que fizerem uso mantenham os cuidados sanitários como lavar sempre as mãos, usar máscara, manter distanciamento, mesmo que já tenham passado pela doença anteriormente.
As restrições do uso da Ivermectina, aponta, são para crianças menores de cinco anos, crianças com menos de 15 quilos, mulheres grávidas até a 12ª semana de gestação e pacientes com meningite.
Risco
Lucy Kerr rebate ainda a possibilidade de
risco para o fígado no uso deste medicamento. De acordo com a
especialista, a droga é utilizada há cerca de 40 anos sem ter causado
óbitos pelo seu uso e também é administrada em larga escala em campanhas
bianuais na África, pela Organização Mundial da Saúde – OMS.
De acordo com Lucy Kerr, apenas 8% da metabolização do medicamento é feita no fígado, não oferecendo risco hepático ao paciente. Mais de 90% da droga é eliminada na íntegra pelo intestino, sem oferecer riscos a outros órgãos como rins e coração. Para que sobrecarregasse o fígado, teria que ser metabolizada integralmente no órgão antes de ser eliminada.
“Extremamente segura, não precisa fazer exame antes pra saber se a pessoa pode ou não tomar a medicação”, afirma. Ela enfatiza ainda que pacientes com cirrose hepática fazem uso da medicação, sem nenhum dano ao organismo.
Algumas hipóteses também são levantadas pela médica sugerindo observar o histórico dos pacientes para que tenham desenvolvido lesão hepática em tratamento com a Ivermectina. Uma das possibilidades seria o uso de alguma droga, simultaneamente à Ivermectina, que seja tóxica ao fígado. Outra possibilidade de sobrecarga ao fígado seria Hepatites não curadas totalmente, como as dos tipos B e C.
QUEM É LUCY KERR
Lucy Kerr é pioneira no Brasil na utilização da Ultrassonografia como método de diagnóstico, sendo reconhecida nacional e internacionalmente como especialista e estudiosa do método. Possui títulos de especialistas em Ultrassom em seis Sociedades Científicas, sendo quatro nacionais e duas internacionais, ARDMS – The American Registry of Diagnostic Medical Sonographers e FISUSAL. Formada em medicina pela Universidade de São Paulo (USP), pós graduou-se em Ultrassonografia Diagnóstica em 1977 pela Wake Forest University, como bolsista do CNPq e complementou seus estudos na Thomas Jefferson University, ambas nos EUA. De 2002 a 2006 foi professora da disciplina de Ultrassonografia da UNISA, a primeira criada no Brasil e chefe do departamento de Imagenologia desta universidade.
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