Presidente aposta na vitória do líder do Centrão, Arthur Lira, para colocar em votação todos os projetos do governo
A eleição da Câmara dos Deputados nesta segunda-feira (1º) terá um espectador atento no Palácio do Planalto. O presidente Jair Bolsonaro aposta todas as suas fichas em Arthur Lira (PP-AL), líder do Centrão, que tem como principal concorrente Baleia Rossi (MDB-SP), lançado pelo desafeto do Executivo Rodrigo Maia (DEM-RJ), atual presidente da Casa.
Bolsonaro acusa Maia de ter impedido o avanço da maior parte de seus projetos desde janeiro de 2019, quando começou o governo.
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O presidente faz campanha abertamente a Lira, seu aliado no Congresso. Na quarta-feira (27), fez reunião com o PSL para garantir votos ao deputado. Na ocasião, afirmou que a eleição do deputado pode garantir "um relacionamento pacífico e produtivo" com a Câmara.
Na sexta-feira (29), exonerou dois de seus ministros, Onyx Lorenzoni (Cidadania) e Tereza Cristina (Agricultura), apenas para que eles votem no líder do Centrão. Logo depois, retomam suas pastas.
A vitória de Baleia Rossi é, para o Executivo, a manutenção das dificuldades do Planalto para colocar em votação temas que Maia simplesmente ignorava.
O parlamentar do Rio sempre disse que pautas que buscavam impor costumes à sociedade (um exemplo é o Escola sem Partido, inerte na Câmara desde 2019), aumento de impostos (nova CPMF, ele descartou abertamente) ou flexibilização dos armamentos não seriam levadas para discussão. E, com uma outra exceção, foi isso o que ocorreu.
Com a bancada da bala forte no Congresso, Maia acabou aceitando em parte a flexibição de posse e porte de armas.
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