Pesquisadores da Universidade de Columbia, nos Estados Unidos, desenvolveram um robô que usa a inteligência artificial para aprender pela observação. O estudo foi publicado em janeiro deste ano na revista científica Scientific Reports.
Essa capacide de adquirir novas habilidades apenas ao acompanhar algo ser feito é considerada uma capacidade herdada de alguns de nossos ancentrais evolucionários, que desenvolveram a capacidade de prever as ações dos outros pela visualização em suas mentes.
Para testar essa hipótese em máquinas, os cientistas programaram um robô para se mover continuamente em direção a um dos dois pontos verdes em seu campo visual, sempre optando pelo que considerasse ser o mais próximo dos dois. Às vezes, os pesquisadores impediam o robô de ver o ponto verde mais próximo, ocultando-o com um bloco vermelho, o que o levava a se mover ao ponto mais distante.
Um segundo robô, então, passou mais de duas horas observando o primeiro concluir essa tarefa. Como resultado, ele eventualmente aprendeu exatamente o que estava acontecendo e desenvolveu a capacidade de prever o que o primeiro robô faria com 98,45% de precisão.
"Supomos que talvez nossos ancestrais primatas também tenham aprendido a processar uma forma de predição de comportamento de uma forma puramente visual, muito antes de aprenderem a articular visões mentais internas em linguagem", escrevem os autores no artigo.
"Nossas descobertas começam a demonstrar como os robôs podem ver o mundo da perspectiva de outro robô”, disse em comunicado o autor do estudo Boyuan Chen. "A capacidade do observador de se colocar no lugar de seu parceiro, por assim dizer, e compreender, sem ser guiado, se seu parceiro pode ou não ver o círculo verde de seu ponto de vista, é talvez uma forma primitiva de empatia."
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