Perde tempo quem imagina que, saindo, o chanceler Ernesto Araújo cederá o lugar a um experiente diplomata. Nessa área, o presidente Jair Bolsonaro valoriza mais o nível de confiança que a formação, por isso o primeiro nome na lista de ministeriável é o jeitoso almirante Flávio Rocha, secretário-executivo do Ministério das Comunicações. Não por acaso, diplomatas dizem ter percebido o “dedo” do Ministro Fábio Faria na “malhação de Judas” a que Ernesto Araújo foi submetido no Senado.
Ao presidente, Fábio Faria prometeu exatamente o contrário: atuar para pacificar as relações do atual chanceler com o Congresso Nacional.
Mas o fato é que, no governo e na base aliada, ninguém desaconselhou Ernesto Araújo a comparecer à sessão onde seria insultado por 5 horas.
Durante recente viagem ao exterior, Fábio Faria se impressionou com o talento negociador de Flávio Rocha, por isso o levou para seu ministério.
É mais provável que Ernesto Araújo se demita, poupando-se a si mesmo e ao presidente, do que sofrer a humilhação de uma demissão.
Cláudio Humberto
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