A investigação sobre supostos repasses ilegais a Fábio Luís Lula da Silva, filho do ex-presidente Lula, está parada há um ano, aguardando a definição sobre o estado em que o inquérito deve ser conduzido.
A defesa de Fábio Luís obteve uma liminar na quinta-feira (25) suspendendo o envio do caso ao Rio de Janeiro até que o TRF-3 (Tribunal Regional Federal da 3ª Região) tome uma decisão sobre o tema.
A discussão é semelhante à que levou à anulação, por liminar do ministro Edson Fachin, do STF (Supremo Tribunal Federal), das decisões do juiz Sergio Moro nos processos que envolviam o ex-presidente. Ele entendeu que as decisões não poderiam ter sido tomadas pelo ex-juiz por não terem conexão direta com a Petrobras, entendimento definido pelo Supremo em 2015.
A Operação Mapa da Mina, deflagrada em dezembro de 2019, teve como alvo o suposto pagamento de despesas da família do ex-presidente Lula (2003-2010) com recursos das empresas de telefonia Oi e Vivo.
A Polícia Federal suspeita que o dinheiro tenha sido repassado de 2004 a 2016 por meio das empresas de Jonas Suassuna, dono do Grupo Gol (que atua nas áreas editorial e de tecnologia e não tem relação com a companhia aérea de mesmo nome). Ele foi sócio de Fábio Luís em diversas empresas.
As investigações foram conduzidas pela força-tarefa da Operação Lava Jato em Curitiba. Ela apontava que parte do dinheiro do esquema foi usado para comprar o sítio de Atibaia frequentado pelo ex-presidente – ele representava, contudo, apenas 1% do total dos repasses suspeitos.
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