O ministro da Economia, Paulo Guedes, voltou a defender nesta quarta-feira a tributação dos dividendos, conforme proposto pelo governo no projeto de lei que muda as regras do Imposto de Renda para pessoas físicas e empresas. Ele rebateu as críticas de que a redução do imposto para empresas é pequena, se comparada com a alíquota proposta para tributar os lucros.
— Se reinvestir, se ficar na empresa, o imposto deve ser baixo. Agora, se tirou para usufruto pessoal, que é natural, não tem problema nenhum ser rico. Não pode ter vergonha de ser rico, tem que ter vergonha de não pagar imposto — afirmou o ministro durante audiência pública na Comissão de Fiscalização Financeira e Controle, na Câmara dos Deputados.
Guedes defendeu que a reforma proposta pelo governo faz uma redistribuição de encargos: ao propor a tributação de dividendos, isentos desde 1995, ela pode reduzir a base de impostos para empresas e assalariados.
— O Brasil é um país de baixa renda. Não adianta você jogar os impostos em cima de 30 milhões de brasileiros com renda relativamente baixa quando, do outro lado, 20 mil proprietários de capital receberam R$ 400 bilhões de dividendos e tiveram isenção de R$ 50 bilhões ou R$ 60 bilhões – disse, acrescentando que esse montante a ser tributado, somado à remoção de alguns subsídios é que permitiria as reduções de impostos para pessoa física e empresas.
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