BELÁGUA (MA) - Um ano
após a reeleição da presidente Dilma Rousseff, a cidade mais “dilmista”
do Brasil sofre as consequências da crise econômica e teme cortes nos
benefícios sociais, o que impacta a popularidade da presidente. Até
eleitores que dizem não estar arrependidos do voto na petista se dizem
frustrados com o início do segundo mandato. Nem mesmo o prefeito do
município, que também é do PT, poupa a presidente de críticas.
Belágua,
a 280 quilômetros de São Luís, foi o município que proporcionalmente
deu mais votos para a reeleição de Dilma em 2014. No 2.º turno, 94% dos
3.788 votos válidos foram para a presidente. No 1.º turno, tinham sido
92%. Na eleição de 2010, a petista também tinha recebido mais votos de
Belágua.
O casal Adão Torres da Silva e Tereza Xavier da Silva dizem estar arrependidos de ter votado em Dilma
André Dusek/Estadão
Os moradores do município do semiárido maranhense
sofrem com o aumento de preços, como na conta de luz, e a ameaça de
cortes em programas como o seguro-defeso. Os problemas acentuados pela
crise se somam à seca e à pobreza crônica.
O prefeito,
Adalberto Rodrigues, culpa a correligionária Dilma pelo quadro. “Ela que
está no comando. A gente não imaginava que a situação ia chegar nesse
ponto”, diz. O petista se queixa de que a presidente não reconheceu
Belágua por ter sido a cidade que mais deu votos a ela
proporcionalmente. “Nunca nos visitou nem fui convocado para uma
audiência com ela. A presidente nunca sequer disse o nome de Belágua”,
afirma.
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