O pedido
de prisão do ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva joga lenha
simultaneamente nas duas fogueiras a arder no país hoje.
Por um lado, os
defensores do petista e, por associação, da permanência de Dilma
Rousseff no cargo, ganharam uma peça para acusar de pouco técnica e
muito política. Por outro, aqueles inclinados a ir à rua protestar
contra o governo no domingo (13) tiveram uma de suas demandas retóricas
reforçada.
Sobre o primeiro grupo: a justificativa do pedido de prisão de Lula é
mais uma declaração política de desgosto com o desprezo que o
ex-presidente demonstra em relação às instituições que estão a
investigá-lo. Juridicamente, é muito frágil.
Há vários motivos para investigar Lula no caso de suas
“não-propriedades”, e caberá à Justiça estabelecer se ele precisa ser
detido para elucidar o que vem realmente evitando explicar. Nesse
sentido, a denúncia apresentada pelo Ministério Público tem vários
elementos sólidos.
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