O Ministério Público Federal (MPF) pediu à Justiça Federal o bloqueio
dos bens do ministro-chefe da Casa Civil, Eliseu Padilha (PMDB), e a
devolução de R$ 300 mil em uma ação de improbidade administrativa na
qual o peemedebista é acusado de ter mantido uma funcionária “fantasma”
em seu gabinete na época em que era deputado federal. A informação foi
publicada na edição desta semana da revista “Veja” e confirmada pela TV
Globo e pelo G1.
A ação de improbidade proposta pelo MPF é decorrente de outra
investigação, iniciada em 2008, que tinha como objetivo apurar o
envolvimento de agentes públicos e empresários no desvio de recursos
públicos destinados à compra de merenda escolar no município de Canoas
(RS).
No decorrer das investigações, a Polícia Federal autorizou escutas
telefônicas para apurar o envolvimento de suspeitos no esquema de desvio
de recursos. Durante a apuração, o nome de Padilha surgiu como um dos
integrantes do grupo que fraudava as licitações, o que ele nega.
Na investigação, a PF identificou que uma dona de casa recebeu
salário como funcionária do gabinete de Padilha por quatro anos sem
nunca ter trabalhado para o parlamentar. A suspeita da PF era de que o
atual ministro da Casa Civil teria contratado a funcionária “fantasma”
como pagamento de favores a um empresário.
Em 2011, segundo a “Veja”, Padilha foi indiciado pela PF por formação
de quadrilha. O Supremo Tribunal Federal (STF), porém, considerou que
as gravações telefônicas nas quais Padilha aparecia eram ilegais, já que
ele tinha foro privilegiado quando era deputado e, portanto, as escutas
deveriam ter sido autorizadas pelo STF.
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