O número de surtos de caxumba no Brasil tem aumentado de forma
significativa nos últimos anos, batendo recordes anuais em diversos
municípios brasileiros, mesmo com a vacina para a doença disponível na
rede pública de saúde. Segundo o vice-presidente da Sociedade Brasileira
de Imunizações, Renato Kfouri, há no país uma geração de jovens adultos
que não recebeu as duas doses da vacina contra a caxumba e está mais
propensa a ter a doença.
“Há vários anos o Brasil acumula uma parte da população não foi
vacinada e isso propicia a circulação do vírus. Ainda não passaram por
campanhas nacionais de vacinação para adultos da tríplice viral e
nasceram antes de a vacina ser incorporada ao calendário nacional de
vacinação na primeira infância.”
Além da maior quantidade de casos, o perfil dos contaminados também
mudou. Nos últimos anos observou-se deslocamento da faixa etária da
caxumba – que era mais comum em crianças pequenas – para crianças acima
de dez anos, adolescentes e adultos jovens. Nesses casos, a doença pode
ser mais severa e levar à encefalite e meningite. Segundo o
especialista, é preciso ter atenção às possíveis complicações da doença,
mas não há motivo para alarde.
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