O engenheiro Zwi Skornicki, preso na 23ª fase da Operação Lava Jato,
disse hoje (21) que as empresas Keppel Fels e Technip fizeram doações
eleitorais registradas ao Partido dos Trabalhadores (PT) como parte da
propina acertada por contrato firmado com a Petrobras para construção da
plataforma P-56. Skornicki prestou depoimento ao juiz federal Sérgio
Moro, da 13ª Vara Federal de Curitiba, em acordo de delação premiada
celebrado com o Ministério Público Federal (MPF).
A afirmação foi feita quando Moro perguntou a Skornicki como eram
feitos os repasses de dinheiro ao PT. “Na P-56, como houve doações
legais da propina, teve a participação do Frédéric Delormel [presidente
da Technip], que organizou como fazer essas doações legais ao partido”,
relatou o engenheiro, que é representante no Brasil do estaleiro Keppel
Fels.
Em 2002, a Technip e a Keppel Fels se uniram em um consórcio, a FSTP,
que venceu, no ano seguinte, a licitação da Petrobras para a construção
das plataformas P-51 e P-52. Skornicki conta que havia acertado com o
consultor Raul Schmidt Felippe Júnior o pagamento de propina à Petrobras
para garantir que o consórcio venceria a licitação.
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