O ex-juiz eleitoral, Márlon Reis, idealizador da Lei da Ficha Limpa,
afirmou que a legislação só existe porque a sociedade participou
massivamente desde a elaboração do texto. “O incômodo que existe em
relação à Lei da Ficha Limpa é que deveria ser ainda mais rígida”,
afirma. Reis destacou a importância da lei para a justiça eleitoral.
Antes do texto passar a vigorar, não existiam instrumentos efetivos para
a inelegibilidade.
O ex-juiz apontou que em 2016, segunda eleição municipal em que é
aplicada, números preliminares mostram que mais de 2 mil pessoas tiveram
registro indeferido, mais da metade pela Lei da Ficha Limpa. A previsão
de Reis é que o número final fique em torno de 1.220 inelegíveis,
superior ao de 2012, quando 900 candidatos não puderam concorrer.
Para o idealizador da Lei, se não houvesse a decisão do Supremo
Tribunal Federal de permitir que apenas as Câmaras de Vereadores
analisem as contas de prefeitos, os números seriam maiores: em torno de 5
mil inelegíveis. “Mesmo assim, a lei aumentou o impacto nessa eleição.
Estou muito feliz com a maneira que ela vem sendo aplicada”, afirma.
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