A crise econômica na América Latina atrai atenção
para um problema antigo: a disparidade entre os ganhos dos parlamentares
e o salário médio dos cidadãos que representam. O Brasil tem o maior
rendimento para deputados e senadores da região, seguido de Chile,
Colômbia e México. A Argentina não está no primeiro pelotão, mas está no
centro da polemica da vez. A inflação de 40% prevista para este ano no
país de Mauricio Macri não é um problema para seus deputados e
senadores.
Num momento em que o Governo se nega a discutir reajustes salariais
com os sindicatos, os parlamentares ganharão 47% a mais por seu trabalho
no mês de outubro. A elevação se soma a outra, de 31%, aplicada em
março, resultante de um acordo salarial envolvendo todos os funcionários
do Congresso. Desta vez, porém, os legisladores não mexeram no seu
salário básico, preferindo em vez disso até duplicar as verbas
extraordinárias – para passagens aéreas, auxílio-moradia e gastos de
representação, por exemplo. As cifras, definidas por consenso entre
Somados o salário e as verbas adicionais, um legislador argentino
pode ganhar o equivalente a até 26.240 reais, pouco mais de 15 salários
mínimos de 8.060 pesos (1.718 reais). O salário mínimo foi fixado em
maio deste ano e já ficou 3.000 pesos abaixo da cesta básica de
alimentos calculada pelo INDEC (Instituto Nacional de Estatística e
Censos) para medir o índice de pobreza.
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