A opção da maioria do Supremo por legitimar a retroatividade da Lei
da Ficha Limpa cristalizou forte divisão na corte e provocou debates
acalorados nos bastidores.
O ministro Celso de Mello, conhecido pela
moderação, desabafou com colegas e classificou o resultado como o mais
vergonhoso da história do STF.
Crítico público da decisão, Marco Aurélio
Mello diz estar “perplexo”. Para ele, tese vencedora não se modula, ao
contrário do que defendem alguns pares. “Que lidem com isso.”
Cresce entre os críticos da decisão — ala que inclui os ministros
Gilmar Mendes e Alexandre de Moraes — a tese de que o Congresso deveria
formular lei complementar para apontar que a aplicação da Ficha Limpa
vale a partir da publicação da norma, em 2010.
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