A criação de um fundo público bilionário para o financiamento das
eleições de 2018 não deve acabar com uma prática antiga no País:
o
chamado caixa 2, uso de recursos não declarados durante a campanha. Na
esteira das revelações da Operação Lava Jato, o Supremo Tribunal Federal
(STF) decidiu proibir a doação empresarial a candidatos em 2015. Diante
da necessidade de financiar as campanhas e da constatação de que a
arrecadação por pessoa física ainda não emplacou no País, o Congresso
articulou a aprovação de um fundo eleitoral que pode chegar a R$ 2
bilhões.
A avaliação, no entanto, é de que o dinheiro não será suficiente para
cobrir gastos de campanha, especialmente de grandes partidos, que
costumam lançar candidato à Presidência e a governos estaduais. Pelos
valores declarados ao Tribunal Superior Eleitoral (TSE), a eleição de
2014 custou R$ 5,1 bilhões.
Vai existir caixa 2? Vai. Mas está todo
mundo com medo, com o tanto de empresário preso. Quem tem um pouquinho
de juízo vai pensar duas vezes. Por outro lado, há a leitura de que a
decisão do Congresso de aprovar um teto de gastos para as campanhas deve
servir como um termômetro e facilitar a fiscalização do TSE.
Nenhum comentário:
Postar um comentário