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terça-feira, 22 de maio de 2018

Bolsonaro cresceu, trabalha bem na Internet, fascina uma parte do eleitorado; mas, sem TV e sem líderes políticos distribuídos pelo país


Quem tem boa posição nas pesquisas não tem partido para sustentá-la. Quem tem partido para sustentar uma candidatura não tem boa posição nas pesquisas. Lula tem boa posição nas pesquisas e um partido para apoiá-la, mas está preso. Mesmo se for solto, não tem ficha limpa para se candidatar.
O eleitor vota em nomes, não em partidos. É verdade: mas entrar numa campanha com tempo reduzido de TV, consequência de atuar em partido pequeno, torna difícil crescer nas pesquisas. Pior: sem diretórios atuantes em todo o país, quem vigia as urnas de avançada tecnologia venezuelana?

O MDB, fortíssimo, tem Temer, que consegue ser mais impopular do que Dilma, ou Henrique Meirelles, que provavelmente nunca viu um pobre na vida. Bolsonaro cresceu, trabalha bem na Internet, fascina uma parte do eleitorado; mas, sem TV e sem líderes políticos distribuídos pelo país, que fará para crescer até virar majoritário? Marina já mostrou, em duas eleições, que é capaz de ganhar parte do eleitorado; e, nas duas, se mostrou incapaz de chegar ao segundo turno. Álvaro Dias? É um bom sujeito.
Alckmin foi quatro vezes governador, tem partido forte. Mas está mal na pesquisa. Como tem tempo de TV, pode chegar ao segundo turno.
Já Ciro é bom de palanque, tem carisma, só lhe falta um partido grande – como o PT. Mas o PT, imagine!, jamais apoiou nomes de outro partido.

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