Diferentemente do que se costuma imaginar, os episódios de escassez de chuvas não estão restritos ao Nordeste. Pelo contrário, são bem distribuídos por todo o País. Mesmo assim, a maioria dos municípios brasileiros (59%)
não apresenta nenhum instrumento voltado à prevenção de desastres
naturais e apenas 14,7% tinham no ano passado um plano específico de
contingência e/ou prevenção à seca.
É o que mostram as pesquisas Perfil dos Municípios Brasileiros (Munic)
e Perfil dos Estados Brasileiros (Estadic) 2017 divulgadas nesta
quinta-feira, 5, pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística
(IBGE). “Pensando sob o ponto de vista do abastecimento das cidades, o
semiárido do Nordeste tem a situação mais crônica. Mas temos diversas
outras regiões em que estamos no limite da pressão na relação oferta
versus demanda”, diz o superintendente de planejamento de recursos
hídricos da Agência Nacional das Águas (ANA), Sérgio Ayrimoraes.
“Várias regiões metropolitanas estão pressionadas, porque cresceram, e
os investimentos não vieram para que a oferta de água fosse adequada à
demanda”, ressalta o superintendente. Ele aponta ainda conflitos pela
água em vários locais, como na área do São Francisco.
Segundo a publicação do IBGE, entre 2013 e 2017 praticamente a metade
dos 5.570 municípios brasileiros (48,6%) registrou algum episódio de
seca. A maior parte se concentra no Nordeste, mas há municípios
enfrentando escassez de chuva em todas as regiões.
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