O aplicativo de mensagens WhatsApp, que pertence ao
Facebook, anunciou na última quinta-feira, 19, que vai testar limitar a
quantidade de vezes que um usuário pode encaminhar uma mesma mensagem na
plataforma. Segundo a empresa, o esforço vai ajudar combater a
disseminação de notícias falsas. A medida faz parte de uma iniciativa
global do WhatsApp, que no
início deste mês, anunciou que oferecerá bolsas de estudo para
pesquisadores que se dediquem a entender a circulação de boatos dentro
do aplicativo.
Usuários de todo o mundo poderão encaminhar no máximo 20 mensagens ao
seus contatos. Na Índia, a regra foi mais rígida devido aos últimos
acontecimentos: os usuários indianos poderão encaminhar apenas cinco
mensagens. Até então, o limite era 250 mensagens, aproximadamente.
“Acreditamos que essas mudanças — que continuaremos a avaliar — vão
ajudar a manter o WhatsApp como a plataforma que ele foi criado para
ser: um aplicativo de mensagens privadas”, disse a empresa em nota em
seu blog.
O assunto fake news ficou mais grave para o WhatsApp nos
últimos meses depois que o aplicativo foi acusado de permitir a
disseminação de boatos que ocasionou linchamentos na Índia e outras
mortes violentas em países como Myanmar e Sri Lanka.
No Brasil, os casos mais comuns estão relacionados aos golpes divulgados pelo aplicativo, como o que circulou na greve dos caminhoneiros, oferecendo uma lista de postos com gasolina.
Cerca de 60 mil usuários foram vítimas dessa fraude em menos de 24h.
Compartilhamento. Essa não é a única mudança recente
que o WhatsApp fez em relação às mensagens encaminhadas. No dia 10 de
julho, a empresa anunciou que vai sinalizar quais das mensagens
recebidas foram encaminhadas ao usuário — aparecerá escrito
“encaminhada” no topo da mensagem.
O objetivo é diferenciar as mensagens
encaminhadas — que podem ser uma corrente viral ou até mesmo notícias
falsas — das que são escritas pelo contato com que o usuário está
conversando.
Nenhum comentário:
Postar um comentário