Uma mulher é a única amapaense escolhida para compor a equipe que cuidará da transição para o governo de Jair Bolsonaro. Sílvia Nobre Waiãpi, de 42 anos, já tinha conseguido se destacar por ser a primeira mulher indígena a integrar o Exército Brasileiro.
O nome dela está numa relação que será publicada nos próximos dias no Diário Oficial da União. A lista terá nomes de uma doutora em economia, uma ex-tenente do Exército, uma tenente-coronel do Corpo de Bombeiros, e de Sílvia, que é tenente do Exército Brasileiro, e possui três graduações em saúde pública.
A amapaense nasceu numa aldeia Waiãpi, no Parque Nacional do Tumucumaque, e apenas aos 14 anos foi tentar a vida em Macapá, onde chegou a mendigar, vendeu uma pedra considerada sagrada para comer, e vendeu livros de porta em porta.
A então adolescente aprendeu a ler, e ganhou vários prêmios de literatura como estudante. Passou num processo seletivo entre 5 mil candidatos para a Escola de Preparação do Exército, no Rio de Janeiro, onde vive até hoje com os três filhos.
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