Mesmo sendo a maioria da população brasileira,
negros (pretos e pardos, na categoria do IBGE) representaram apenas 24%
dos deputados federais escolhidos pelo voto popular em 2018. Uma
consulta em análise pelo Tribunal Superior Eleitoral (TSE) pretende
mudar esse cenário, com a discussão sobre a reserva de recursos do Fundo
Eleitoral – e de tempo de rádio e TV – para viabilizar as campanhas de
candidatos negros e negras.
A verba pública, que nas eleições municipais deste ano soma R$ 2
bilhões, seria dividida segundo o critério racial, obedecendo a
proporção de candidatos negros e brancos de cada partido.
O objetivo é usar o dinheiro do fundo para corrigir distorções
históricas e evitar que os partidos favoreçam políticos brancos. Segundo
um estudo da FGV Direito São Paulo, homens brancos representaram 43,1%
de todos os candidatos a deputado federal nas eleições de 2018, mas
concentraram cerca de 58,5% das receitas de campanha.
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