Um padre da cidade de Artur Nogueira, no interior de São Paulo, usou o momento do sermão da missa para chamar Jair Bolsonaro de “bandido” e dizer que quem votou nele deveria se confessar.
O vídeo da missa, celebrada na última quinta-feira (2) pelo padre Edson Adélio Tagliaferro, viralizou nesse domingo (5).
As declarações do padre provocaram polêmica entre o clero católico.
O conhecido Padre Zezinho, de 79 anos, considerado
precursor do fenômeno dos padres comunicadores no Brasil, escreveu um
texto no qual, sem citar nomes, repreende a atitude do colega sacerdote.
“Padre deve trabalhar para a unidade, mesmo que seu coração seja de
direita ou de esquerda ou de centro. A prudência no altar e no púlpito
exige dele que anuncie ou denuncie, sem causar rupturas e ódio entre
fiéis”, escreveu Zezinho.
Os documentos da Igreja Católica são claros a respeito dos limites do
engajamento de padres na política, mas essas normas são historicamente
desrespeitadas, a começar por bispos que ajudaram na fundação do PT.
“O púlpito é da Igreja, não do padre. Se tem pretensões políticas,
peça licença e siga seu coração direitista ou esquerdista ou centrista.
Mas não use o púlpito para dividir o povo católico”, acrescentou
Zezinho.
O Antagonista
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