Mais de 3,5 milhões de chaves foram cadastradas no Pix, o Novo Sistema de Pagamentos Instantâneos operado pelo Banco Central(BC) em menos de 9h. O volume foi registrado das 9h até pouco depois das 18h30.
O Pix entrou nesta segunda(5) em fase de teste e começará a funcionar em 16 de novembro.
Apenas
na primeira hora, informou o BC, foram cadastradas 50 mil chaves. O
volume subiu para 200 mil por volta das 11h30 e superou a marca de 1
milhão uma hora depois. Nas seis horas seguintes, mais 2,5 milhões
fizeram o cadastro.
As
chaves do Pix são uma combinação para que o cliente – pessoa física ou
jurídica – possa pagar e receber dinheiro em até 10 segundos. A chave é
composta por uma das três informações, número de celular, e-mail ou CPF/CNPJ, que o correntista deverá digitar para fazer as transações.
Caso o cliente não queira cadastrar o celular, o e-mail,
o CPF ou o CNPJ, pode pedir ao banco um EVP (sequência de 32 dígitos)
como chave do Pix. Essa chave serve como apelido para identificar as
contas do novo sistema de pagamentos.
Instabilidades
O
tráfego de dados ao longo desta segunda-feira provocou instabilidade em
aplicativos de diversas instituições financeiras. Relatos nas redes
sociais mostraram lentidão em aplicativos, principalmente durante a
manhã. Responsável pela administração do sistema do Pix, o BC informou
que a situação se normalizou por volta das 14h30. Embora o cadastro das
chaves seja feito no aplicativo ou no site de cada instituição, os dados dos clientes são armazenados em servidores do BC.
Até agora, 677 instituições financeiras, entre bancos, fintechs (startups do
setor financeiro), financeiras e cooperativas de crédito estão
habilitadas para usar o Pix. Para receber o aval do BC, a instituição
precisa passar por testes, como a capacidade de processar determinado
volume de transações por segundo.
Custos
Para
pessoas físicas e microempreendedores, as transações serão gratuitas,
exceto nos casos de recebimento de dinheiro pela venda de bens e de
serviços. As pessoas jurídicas arcarão com os custos. As tarifas
dependerão de cada instituição financeira, mas o BC estima que será R$
0,01 a cada dez transações.
O
Pix servirá não apenas para transferências instantâneas de dinheiro e
poderá também ser usado para o pagamento de boletos, de contas de luz,
de impostos e para compras no comércio. Com a ferramenta, será possível o
cliente sacar dinheiro no comércio, ao transferir o valor desejado para
o Pix de um estabelecimento e retirar as cédulas no caixa.
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