Analistas de mercado estimavam que o valor arrecadado ficaria em R$ 135,633 bilhões em abril - a arrecadação federal soma R$ 602,722 bilhões, com alta de 13,62% acima da inflação pelo IPCA, também recorde para o período.
Impulsionada pela fraca base de comparação e por recolhimentos atípicos de algumas grandes empresas, a arrecadação federal em abril bateu recorde para meses de abril. Segundo dados divulgados nesta quinta-feira(20) pela Receita Federal, o governo arrecadou R$ 156,822 bilhões no mês passado, com aumento de 45,22% acima da inflação em valores corrigidos pelo Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA).
O valor é o maior da história para meses de abril desde o início da série histórica da Receita Federal, em 1995, em valores corrigidos pela inflação. Nos quatro primeiros meses do ano, a arrecadação federal soma R$ 602,722 bilhões, com alta de 13,62% acima da inflação pelo IPCA, também recorde para o período.
A arrecadação superou as previsões das instituições financeiras. No relatório Prisma Fiscal, pesquisa divulgada pelo Ministério da Economia, os analistas de mercado estimavam que o valor arrecadado ficaria em R$ 135,633 bilhões em abril, pelo critério da mediana (valor central em torno dos quais um dado oscila).
Base de comparação
A alta expressiva da
arrecadação pode ser explicada pela queda da arrecadação em abril do ano
passado. Naquele mês, vigoraram as medidas mais duras de restrição
social e de interrupção de atividades econômicas por causa do início da
pandemia de covid-19. Paralelamente, o governo, na época, adiou o
recolhimento de diversos tributos, como as cotas do Simples Nacional e
das contribuições patronais para a Previdência Social. Somente em abril
de 2020, o governo tinha deixado de recolher R$ 24,4 bilhões por causa
dessas medidas.
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