Pesquisadores do Instituto Nacional do Câncer (Inca) participaram de um estudo internacional que buscava entender quais são as principais mutações sofridas por células do esôfago que desenvolvem o câncer neste órgão.
Os resultados brasileiros mostram que o consumo excessivo de álcool é capaz de deixar marcas físicas nestas células, o que pode ocasionar um carcinoma epidermoide, o tipo de tumor mais frequente nesta área do corpo.
O trabalho confirma que bebidas alcoólicas podem sim provocar alterações genéticas em seres humanos. O artigo final foi publicado na renomada revista científica Nature Genetics.
Os resultados encontrados pelo grupo de pesquisadores do qual fazem parte Luis Felipe Ribeiro Pinto, chefe do Programa de Carcinogênese Molecular e coordenador de pesquisa do Inca, e Sheila Coelho Soares Lima, chefe do setor de Epigenética da instituição, podem ajudar a desenvolver — num futuro próximo — um exame de sangue capaz de apontar quem deve ou não investigar um possível câncer de esôfago.
Atualmente, o diagnóstico precoce deste tipo de tumor é extremamente raro. Isso ocorre, porque os sintomas só começam a surgir quando a doença está em estágio avançado — os pacientes costumam procurar ajuda quando já não conseguem comer ou ingerir líquidos adequadamente.
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