O médico cirurgião Antônio Luiz de Macedo, que acompanha o presidente Jair Bolsonaro, fez um relato dramático do momento em que o presidente o procurou para informar sobre o recente problema de saúde no intestino, sequela da facada sofrida em 2018.
Em entrevista ao jornal O Globo, Macedo relatou que o presidente telefonou para ele “chorando de dor”. No momento, o cirurgião estava nas Bahamas, em viagem com a família.
– Ele me ligou chorando de dor. Falou “estou morrendo, Macedo. A coisa está ruim”. Mandei ele ir, na hora, para o Vila Nova Star. Liguei para o Pedro (Pedro Henrique Loretti, diretor do hospital), que orquestrou tudo com muita competência. Quando cheguei, analisei a tomografia, os exames de sangue e toquei na barriga dele. Quando apalpei, vi que o intestino não estava rasgando e estava mais molinho. Foi muito bom, porque qualquer cirurgia que for feita nessa região dificilmente vai durar menos de 12 horas – afirmou.
Ainda segundo o médico, o caso de Bolsonaro é “sempre perigoso”, mas desta vez foi “menos grave”.
– Foi menos grave. Ele se recuperou rapidamente. Mas não existe “pequena obstrução” no caso do presidente. O intestino está todo colado na parede devido a vários fatores — a própria facada, as cirurgias, os sangramentos e infecções já ocorridos. É sempre perigoso, portanto. Na hora [em] que passamos a sonda nele, saiu um litro de suco gástrico do estômago. Se ele vomitasse, o líquido entrava nos pulmões, e ele morria – declarou Macedo.
O cirurgião também elogiou a “força” de Bolsonaro e admitiu se tratar de um quadro que causa dores severas no paciente.
– A dor é pavorosa. É como alguém bater com um martelo na barriga com força. O presidente é forte.
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