Indicador da agência de alimentos da ONU alcançou média de 125,7 pontos no ano passado, a mais alta desde 2011
Os preços mundiais dos alimentos registraram um crescimento de 28% em 2021 e alcançaram o nível mais elevado em dez anos. Os dados foram divulgados nesta quinta-feira, 6, pela Organização para a Alimentação e Agricultura (FAO), a agência de alimentos da Organização das Nações Unidas (ONU).
O índice de preços dos alimentos medido pela FAO acompanha as commodities alimentares mais comercializadas em escala global. O indicador atingiu média de 125,7 pontos no ano passado — a mais alta desde 2011 (131,9).
A elevação no preço dos alimentos teve impacto decisivo no avanço da inflação em diversas partes do mundo, segundo o órgão. A FAO alertou que a pressão inflacionária vem colocando em risco a população mais pobre dos países que dependem mais das importações.
“Embora os preços normalmente altos devam dar lugar ao aumento da produção, o alto custo dos insumos, a pandemia global em curso e as condições climáticas cada vez mais incertas deixam pouco espaço para otimismo sobre um retorno a condições de mercado mais estáveis em 2022”, afirmou o economista sênior da FAO, Abdolreza Abbassian.
Ainda de acordo com a FAO, o custo dos insumos agrícolas também registrou forte alta, impulsionado pelo aumento no preço dos fertilizantes.
Nenhum comentário:
Postar um comentário