Josias de Souza destaca que a convite de Dilma, Eduardo Cunha esteve
no Palácio do Planalto há cinco dias. Depois da audiência, relatou
trechos da conversa a aliados. Um desses trechos soou inusitado. De
acordo com o deputado, a presidente da República “insinuou” que poderia
ajudá-lo no Supremo Tribunal Federal.
Em privado, Cunha disse ter depreendido que Dilma lhe ofereceu ajuda
para lidar com o processo que corre contra ele no STF. O deputado foi
acusado por um dos delatores da Lava Jato, o consultor Júlio Camargo, de
ter cobrado propina de US$ 5 milhões num contrato de fornecimento de
navios-sonda à Petrobras. Cunha nega.
Convencido de que o delator diz verdade, o procurador-geral da
República, Rodrigo Janot, denunciou Cunha ao Supremo por corrupção
passiva e lavagem de dinheiro. O deputado aguarda por uma manifestação
do tribunal. Se a denúncia do Ministério Público Federal for aceita
pelos magistrados da Suprema Corte, Cunha passará de denunciado a réu.
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