Reportagem da revista Época deste sábado (5) mostra
que a Polícia Federal (PF) descobriu um esquema de envio de dinheiro
para o exterior que envolve apoiadores do Estado Islâmico (EI). Em cinco
anos, segundo as investigações da PF, foram movimentados ilegalmente
mais de R$ 50 milhões. Segundo Época, os integrantes desta organização
que se especializou no crime de lavagem de dinheiro defendem o Estado
Islâmico, execuções em massa e até a morte do presidente americano
Barack Obama.
De acordo com a revista, a operação da PF, chamada de Mendaz,
mencionou apenas o desbaratamento de uma rede de empresas e CPFs falsos,
instituída para enviar dinheiro para fora do país, sem mostrar quem
recebe. A ação da PF foi acompanhada pela embaixada dos Estados Unidos. A
embaixada de Israel também foi avisada da operação.
A revista relata que o libanês Firas Allamedin está no topo do
esquema desbaratado pela PF. Ele teve seu pedido de ser aceito como
refugiado negado pelo governo brasileiro. Pelas investigações, Allamedin
usava empresas de fachada e nomes falsos para enviar valores ao Líbano.
Segundo a revista, só Allamedin fez cerca de 300 operações suspeitas de
envio de dinheiro ao Líbano em cerca de R$2,5 milhões.
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