O ministro do Supremo Tribunal Federal (STF) Gilmar Mendes criticou
hoje (24), em São Paulo, o que chamou de “excessos” na Operação Lava
Jato e disse que é preciso estabelecer limites para as prisões
preventivas que ocorrem na operação.
“Há [excessos na Lava Jato], tanto é que houve concessão de habeas
corpus. Para mim, por exemplo, no que diz respeito à prisão provisória
sem limites, isso me parece excessivo e precisa ser discutido no TRF
[Tribunal Regional Federal], no STJ [Superior Tribunal de Justiça] e no
Supremo”, disse Mendes a jornalistas antes de participar do 3º Colóquio
sobre o Supremo Tribunal Federal promovido pela Associação dos Advogados
de São Paulo, no centro da capital paulista
Perguntado se a Lava Jato não estaria promovendo um estado de exceção
no país, como argumentam alguns juízes, Mendes respondeu que vê
exageros nos desdobramentos da operação.
“Acho que há exagero, mas é
necessário que a Justiça acompanhe isso de forma bastante tranquila e
faça as correções devidas. Nós, no Supremo, já concedemos habeas corpus.
Eu entendo que já deveríamos ter concedido mais. Acho que deveríamos
ter colocado limites nessas prisões preventivas que não terminam.
Precisamos realmente mostrar que há limites para determinados modelos
que estão se desenhando.”
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