VEJA.com - Um iPhone pode ser comprado por menos da
metade do preço que é encontrado no Brasil, se for adquirido em Angola,
ou então por mais de cem vezes o seu preço, se o negócio for feito na
Venezuela. A diferença entre os preços dos produtos aparece em uma
pesquisa feita pelo site de comércio eletrônico Linio, que atua na
América Latina, com dados de 72 países e divulgada no último mês. O
Brasil, apesar de não ter o iPhone mais caro, é um dos países em que o
aparelho tem o custo mais pesado.
Segundo
o levantamento Technology Price Index, um smartphone da Apple modelo
6s, que aqui sairia por 843 dólares (2.721,24 reais), no país africano
custaria 401,94 dólares (1.297,01 reais) e incríveis 97.813,82 dólares
(315.635,36 reais) na Venezuela. Uma explicação para a enorme distorção
no caso da Venezuela é a hiperinflação enfrentada pelo país e as
disparidades cambiais – existem três taxas de câmbio diferentes por lá
-, o que prejudica este tipo de comparação por alterar as referências de
preço.
Há também uma enorme escassez de produtos no país
latino-americano, que atinge inclusive insumos básicos e alimentos. O
segundo país mais caro, e que tem um valor mais próximo dos demais, é
Singapura, onde um iPhone 6s sairia por 969,04 dólares (3.126,99 reais)
Na
média de todos os produtos, o país mais barato para se comprar
eletrônicos seria o Kuwait, seguido de Arábia Saudita e Malásia. Entre
os mais caros, além da Venezuela – pelos motivos já citados -, estão
Angola, Brunei e Brasil, respectivamente.
A pesquisa da Linio leva
em conta o valor total de catorze produtos de tecnologia como
computadores, impressoras e smartphohes. Segundo a empresa, o resultado
mostra a influência de fatores como taxas, impostos e inflação nos
preços desses itens.
“Os países mais baratos para se comprar
tecnologia são os do Oriente Médio que, apesar de terem custo de vida
relativamente alto, impõem um IVA (Imposto sobre Valor Agregado, um
imposto de consumo sem equivalente direto no Brasil) muito baixo nos
produtos destinados ao consumidor final”, diz a Linio.
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