Da maneira como vão as coisas, muito deveria mudar na dinâmica das
eleições presidenciais para que o ex-paraquedista e ultraconservador Jair Bolsonaro não consiga chegar ao segundo turno.
De acordo com quem for seu adversário, e se Lula
não puder concorrer, podem acontecer surpresas. Hoje a esquerda sozinha
não tem força para freá-lo, e a direita do Governo está desacreditada
ante a sociedade, enquanto as candidaturas de fora da política vão
perdendo força.
Mais do que puro folclore, a candidatura de Bolsonaro aparece como
catalisadora de frustrações de uma certa sociedade com medo da
violência. Existe confiança excessiva no lema “não é possível que um
Bolsonaro chegue ao poder no Brasil”. Isso foi dito sobre Trump nos Estados Unidos e antes com Berlusconi
na Itália, que chegou ao poder na esteira da operação Mani Pulite
contra a corrupção. E na França, caso não surgisse a novidade Macron, é possível que os seguidores ultradireitistas de Le Pen estivessem hoje governando no coração da Europa.
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