O ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva
vai visitar as obras do Complexo Petroquímico do Rio de Janeiro
(Comperj), um dos principais focos de corrupção na Petrobrás
investigados pela Lava Jato, na caravana pelos Estados do Espírito Santo
e Rio, entre os dias 4 e 8 de dezembro. Dirigentes do PT, em conversas
reservadas, dizem que Lula deveria cancelar a caravana para evitar que
seu nome seja associado aos dos ex-governadores do Rio Sérgio Cabral
(PMDB) e Anthony Garotinho (PR), ambos presos por suspeitas de
corrupção.
Petistas ainda alertam para o risco de atrelamento da imagem do
ex-presidente ao governador Luiz Fernando Pezão (PMDB), que enfrenta uma
crise financeira e administrativa sem precedentes na história do
Estado. O PT apoiou e participou dos três governos. Um dirigente
classificou a manutenção da caravana como “uma burrada sem tamanho”.
Apesar dos protestos, Lula decidiu manter a viagem, marcada desde
maio. Segundo o coordenador do evento, Márcio Macedo, um dos
vice-presidentes do PT, em momento algum a direção partidária cogitou
desistir da caravana.
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