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O Senado aprovou nesta terça-feira regime de urgência para o projeto de lei que define crimes de abuso de autoridade
cometidos por membros de um dos Poderes ou por agentes da administração
pública no exercício da função. Com a decisão, o projeto vai ser
analisado diretamente pelo plenário do Senado, sem necessidade de passar
antes por comissões da Casa.
A proposta de 2009 foi desengavetada
em junho deste ano pelo presidente do Senado, Renan Calheiros
(PMDB-AL). O projeto de lei é alvo de questionamentos de integrantes da
força-tarefa da Operação Lava Jato e entidades representativas do
Judiciário e do Ministério Público, que veem nas medidas uma forma de
cercear as investigações.
O
procurador da República Deltan Dallagnol, da força-tarefa da Lava Jato,
disse ser “favorável à modernização da lei de abuso de autoridade”, mas
fez ressalvas à proposta em discussão no Congresso. “O conteúdo, a
forma e a celeridade da proposta abrem espaço para a compreensão de que é
uma reação contra grandes investigações, como a Lava Jato”, afirmou.
Renan
Renan
é alvo de uma série de inquéritos no Supremo Tribunal Federal (STF),
alguns deles ligados à Lava Jato, que investiga um bilionário esquema de
corrupção na Petrobras. Já há uma denúncia contra o presidente do
Senado, feita pela Procuradoria-Geral da República, no Supremo que, se
aceita pela Corte, pode transformar o parlamentar em réu.
(Com agência Reuters)
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