“Doutor, o que o senhor escreveu ali? O senhor escreveu ‘Que filha da
puta’? Quem é filha da puta, doutor?”
Todo cuidado é pouco, nobres advogados. Um descuido no compartilhamento da tela do computador em um julgamento virtual causou grande constrangimento a um advogado no último dia 22 de março.
O defensor Raphael Bueno teve um pedido rejeitado pela juíza Edinéia Carla Poganski, do Tribunal Regional do Trabalho da 9ª Região (TRT-9), durante a sessão e acabou deixando que ela visse seu desabafo a outra pessoa em uma conversa de WhatsApp: “Que filha da puta”, escreveu o advogado logo após a negativa para que uma parte no processo em julgamento fosse considerada suspeita.
“Doutor, o que o senhor escreveu ali? O senhor escreveu ‘Que filha da puta’? Quem é filha da puta, doutor?”, questionou a magistrada, demonstrando irritação.
“Não! Não estou falando de Vossa Excelência, estou falando da situação”, tentou se explicar Bueno, claramente constrangido. “Tá gravado na tela, foi gravado”, respondeu a juíza. “O senhor digitou”, completou ela. Veja o desenrolar da situação:
“Minhas escusas”
Apesar de não admitir que xingou a juíza, o advogado pede “sinceras escusas” mais de uma vez após o episódio. Contrariada, a juíza Edinéia Poganski diz que, de qualquer maneira, “esse não é o linguajar que se espera de um advogado”, ao que Raphael Bueno concorda, tentando encerrar o assunto.
Metrópoles
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