A
equipe econômica considera elevar a Cide para recompor o caixa e evitar
que a meta fiscal de 2017 atinja os R$ 170,5 bilhões de deficit deste
ano. Michel Temer, no entanto, determinou que se faça a lição de casa
antes: o governo cortará 30 mil beneficiários do Bolsa Família que têm
empresas ativas gerando faturamento, o que é irregular. Também edita
nesta quarta medida provisória com um pente fino no pagamento de 880 mil
pessoas que recebem auxílio-doença há dois anos ou mais. A informação é
da coluna Painel, da Folha de S.Paulo de hoje.
A definição sobre o aumento de tributos não precisa ser anunciada
agora. Isso porque o detalhamento das fontes adicionais de arrecadação
só tem de ser feito quando o governo encaminhar o Orçamento ao
Congresso, no fim de agosto.
Eis o nível de dificuldade do governo: o deficit hoje, sem considerar
corte e receita extra, é superior a R$ 170,5 bi. E um problema a mais:
em junho, a arrecadação já caiu cerca de R$ 8 bilhões. Ter, em 2017, um
rombo menor que o deste ano é um desafio e tanto.
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