Agentes da Polícia Federal cumpriam, na manhã desta quarta-feira (6),
10 mandados de prisão no Rio de Janeiro e em Porto Alegre relacionados à
Operação Lava Jato. A investigação apura irregularidades na
Eletronuclear. A informação é do G1.
A operação desta quarta cumpre mandados expedidos pelo juiz Marcelo
Bretas, da 7ª Vara Federal Criminal do Rio. Nove mandados são cumpridos
no Rio e um em Porto Alegre. O alvo principal é o ex-diretor-presidente
da Eletronuclear Othon Luiz Pinheiro da Silva, que já cumpre prisão
domiciliar. Ele deve ser levado para a sede da PF, na Zona Portuária do
Rio, e, em seguida, para o Complexo Penitenciário de Bangu, onde estão
os presos da Operação Saqueador, entre eles o dono da Delta, Fernando
Cavendish, e o contraventor Carlinhos Cachoeira.
Além dos mandados de prisão, serão cumpridos também de busca e
apreensão e condução coercitiva — quando alguém suspeito de ser ligado
ao caso é levado para prestar depoimento e depois liberado.
A ação penal sobre o esquema de corrupção na Eletronuclear foi
desmembrada da apuração do da Petrobras no último dia 29 de outubro, e
encaminhada para a Justiça Federal do Rio. Com o desmembramento, deixou
de ser julgada pela corte federal no Paraná.
No dia 28 de julho do ano passado, o ex-diretor-presidente da
Eletronuclear Othon Luiz Pinheiro da Silva, foi preso na 16ª fase da
Lava Jato, acusado de receber R$ 4,5 milhões de propina das obras da
Usina Nuclear de Angra 3. Ele estava afastado da empresa desde abril.
Ele estava preso em um quartel do Exército, em Curitiba, e, em novembro,
foi transferido para o 1º Distrito Naval, no Rio de Janeiro. Atualmente
está em prisão domiciliar.
Em abril, em depoimento na 7ª Vara Criminal Federal do Rio de
Janeiro, o ex-presidente admitiu que usou contratos de fachada feitos
com empresas de amigos para receber dinheiro da construtora Andrade
Gutierrez, mas negou que fosse propina.
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